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3 de março de 2011
Lajeado/RS
A diretoria da Doux-Frangosul confirmou que até o início de abril pretende iniciar a quitação dos pagamentos dos avicultores integrados. O anúncio foi feito a lideranças políticas do Estado. A empresa apresentou um relatório que, conforme o prefeito de Passo Fundo, Airton Dipp, demonstra melhores condições financeiras. "Eles asseguraram que têm três alternativas para se capitalizarem sem precisar vender a empresa, e devem pagar 100% do valor devido aos produtores", informou o prefeito.
A reunião foi fechada e a diretoria da Doux pediu sigilo sobre as informações passadas no encontro. No entanto, fontes ligadas ao setor asseguraram que a recuperação poderia se dar por contratações de crédito e financiamentos externos, para ter mais capital de giro. Outra saída apontada pelo diretor da Doux, Aristides Inácio Vogt, seria o recebimento dos créditos de exportação por parte do governo federal. O secretário de Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Ivar Pavan, que acompanhou o encontro, se mostrou otimista com a proposta de pagamento anunciada para abril.
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado (Fetag), Elton Weber, mostrou incredulidade sobre a quitação dos débitos, uma vez que não é a primeira vez que a companhia anuncia o início dos pagamentos. "Prometeram que os atrasos não passariam de 90 dias e, no entanto, já ultrapassam 120 dias. Fica complicado acreditar que realmente sejam efetivados", disse o dirigente.
Dipp informou que pelos documentos apresentados ficou claro que a empresa está com os tributos sob controle, com bons níveis de capitalização e manutenção do número de empregados. O prefeito confirmou que a agroindústria mantém a produção normalizada em todas as suas unidades, assim como os negócios nos mercados interno e externo. "Essa situação é pontual, segundo garantiram os diretores, os problemas ocorrem apenas com os integrados", assinalou o prefeito.
O deputado estadual Gilmar Sossella (PDT/RS), que participou do encontro, informou que a Doux estaria retomando algumas operações que acabou abandonando em função da crise de 2008. "A situação financeira da empresa é boa e não apresenta dívidas", garantiu o parlamentar, que se mostra contrário à qualquer fusão da empresa com outra companhia, a fim de manter a concorrência no setor.
Ana Esteves
Fonte: Jornal do Comércio
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