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Editor Responsável: Josemil Arruda
Guilherme Mourão
O pesquisador Agostinho Castella, que acompanhou a discussão, mencionou que a espécie é um dos principais atrativos da pesca amadora na região e também uma espécie importante para a pesca profissional. Sugeriu que a proposta da Acert seja levada ao Conpesca/MS (Conselho Estadual da Pesca), órgão assessor da Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente), que constitui um fórum com todos os atores da pesca de Mato Grosso do Sul, onde a questão poderá ser debatida e considerada sob os diferentes pontos de vista dos usuários.
“Seria uma oportunidade para retomar as atividades do Conpesca/MS, onde todos os atores poderão se manifestar e contribuir a tomada de decisão”, disse o pesquisador da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
O mandato dos últimos conselheiros venceu e ainda não houve uma convocação por parte do governo do Estado para que seja providenciada a nova composição.
Na Argentina e no Paraguai, a pesca do dourado foi proibida, praticando-se somente o pesque e solte. Em Mato Grosso do Sul, trata-se de um peixe de alto valor de revenda, principalmente para os pescadores profissionais artesanais. “Para eles é um peixe importante. Se deixarem de pescar, que compensação vão ter?”, questiona Agostinho, reforçando a necessidade de debater a questão no Compesca/MS.
O pesquisador lembra também que é preciso aprofundar os estudos relacionados ao pesque e solte do dourado, pois há indícios de que a mortalidade seja alta após a devolução do peixe ao rio, e que a proteção à espécie seria parcial.
“Com base em dados já coletados, vamos apresentar até meados do ano os resultados de estudos sobre crescimento e avaliação do nível de exploração do estoque e, com base nos dados do SCPesca/MS, vamos avaliar o rendimento da pesca do dourado, a fim de contribuir com informações para as tomadas de decisões”, afirmou Agostinho.
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