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segunda-feira, 28 de março de 2011

Embrapa sugere ampliar discussão sobre a pesca do dourado

Editor Responsável: Josemil Arruda
 
Guilherme Mourão
 
Dourado nada entre piraputangas em rio sul-mato-grossense
A convite da Acert (Associação Corumbaense das Empresas Regionais de Turismo), a Embrapa Pantanal acompanhou uma reunião sobre a limitação da pesca do dourado em rios da BAP (Bacia do Alto Paraguai). Por meio dessa associação, o setor turístico pesqueiro municipal está sugerindo que a pesca do dourado seja praticada na modalidade pesque e solte, pois sente uma diminuição da ocorrência da espécie na região.

O pesquisador Agostinho Castella, que acompanhou a discussão, mencionou que a espécie é um dos principais atrativos da pesca amadora na região e também uma espécie importante para a pesca profissional. Sugeriu que a proposta da Acert seja levada ao Conpesca/MS (Conselho Estadual da Pesca), órgão assessor da Sema (Secretaria Estadual de Meio Ambiente), que constitui um fórum com todos os atores da pesca de Mato Grosso do Sul, onde a questão poderá ser debatida e considerada sob os diferentes pontos de vista dos usuários.

“Seria uma oportunidade para retomar as atividades do Conpesca/MS, onde todos os atores poderão se manifestar e contribuir a tomada de decisão”, disse o pesquisador da Embrapa Pantanal (Corumbá-MS), Unidade da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária - Embrapa, vinculada ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.

O mandato dos últimos conselheiros venceu e ainda não houve uma convocação por parte do governo do Estado para que seja providenciada a nova composição.

Na Argentina e no Paraguai, a pesca do dourado foi proibida, praticando-se somente o pesque e solte. Em Mato Grosso do Sul, trata-se de um peixe de alto valor de revenda, principalmente para os pescadores profissionais artesanais. “Para eles é um peixe importante. Se deixarem de pescar, que compensação vão ter?”, questiona Agostinho, reforçando a necessidade de debater a questão no Compesca/MS.

O pesquisador lembra também que é preciso aprofundar os estudos relacionados ao pesque e solte do dourado, pois há indícios de que a mortalidade seja alta após a devolução do peixe ao rio, e que a proteção à espécie seria parcial.

“Com base em dados já coletados, vamos apresentar até meados do ano os resultados de estudos sobre crescimento e avaliação do nível de exploração do estoque e, com base nos dados do SCPesca/MS, vamos avaliar o rendimento da pesca do dourado, a fim de contribuir com informações para as tomadas de decisões”, afirmou Agostinho.

 

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